Janaina Pereira

janeiro 9, 2009

O dia em que a Terra parou

Filed under: Cinema — janapereira @ 9:45 pm

por Janaina Pereira 
 

     Em 1951, o diretor Robert Wise – que anos depois ficaria conhecido por filmes como Amor Sublime Amor e A Noviça Rebelde – contava nos cinemas a história de um alienígena que é mandado à Terra para alertar os humanos do perigo iminente, mas sua mensagem é mal interpretada pelas autoridades, que passam a persegui-lo. Em plena Guerra Fria – Estados Unidos e União Soviética em lados opostos lutando pelo ‘domínio’ do mundo – O dia em que a  Terra parou tornava-se referência para os filmes de ficção científica. Hoje estreia nos cinemas o remake deste clássico, sob a direção de Scott Derrickson (O Exorcismo de Emily Rose).

     Apostando nos efeitos especiais, Derrickson faz mudanças significativas na trama,  a começar pelo local em que tudo acontece – no original, Washington,D.C., agora, Nova York. Estrelado por Keanu Reeves e Jennifer Connely, a refilmagem perde em contexto político e ganha a ótica da sustentabilidade. O alienígena Klaatu (Reeves) vem salvar o planeta da destruição que os próprios seres humanos estão causando. Depois de aterrizar com sua nave no Central Park, acompanhado de um robô que reage à violência, Klaatu é ferido e capturado pelo governo americano, mas consegue fugir para cumprir seu objetivo: preservar todas as espécies, menos o homem.

     Enquanto no original apenas a humilde Helen Benson (Patricia Neal) e o professor e  cientista renomado Barnhardt (Sam Jaffe) acreditam nas boas intenções do alienígena (Michael Rennie), dessa vez a mocinha (Connely, de Diamantes de Sangue) é uma cientista que tenta convencer o extraterrestre a dar uma nova chance aos humanos. A participação do professor (John Cleese) se resume a uma única cena e o garoto presente no primeiro filme – Bobby –  permanece, agora como Jacob e interpretado pelo filho de Will Smith, Jade.

     Com uma fraca interpretação de Reeves, que aparece sempre inexpressivo, o filme se apoía demais nos efeitos especiais, sem causar nenhuma surpresa até o seu final. E ainda conta com um intenso, e por vezes incômodo, merchandising. Seria mais um remake que não precisava ser feito, mas para uma geração que não viu o original é promessa de alguma diversão. 
 
publicado no site Herói  em 09/01/2009

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